Ms. Alba I. García Troya
There is a very well-known quote by famous Portuguese writer Fernando Pessoa that almost any person related to the lusophony world knows about: “A minha pátria é a língua portuguesa” | “My motherland/country is the Portuguese language”.
Basically that one sentence could sum up what I have been doing as a work until now: teaching Portuguese in a foreign country.
I was born in a medium-size city in the Northeast of Spain right in the middle of Madrid and Barcelona, called Zaragoza, where I lived and studied until I was 19 years old. In that part of the Iberian peninsula, apart from going to school and passing my childhood, I became passionate about the two things I am still passionate about: languages and music; in fact, I spent around twelve years getting a musical education at the local conservatory of music (violin and viola), while enjoying being an active member of several Youth Orchestras in both Spain and Portugal. Then, I decided I needed to take a life changing opportunity and to go the neighbouring coutry, Portugal, to pursue my dream: study a degree in Music, in Lisbon. But maybe fate (or “fado” as we say in Portuguese) put Chinese on my way for a reason. Although I started studying the language because I have always been curious about what I would call the not so commonly studied languages (ie. Asian languages, Finnish or Greek have always been on my list), somehow Chinese became more serious when I got accepted at the Leiria Polytechnic Institute for my bachelor’s degree in Translation and Interpreting Chinese-Portuguese. The result: four years studying in three different institutions in two different countries Portugal and China – Macao and Beijing.
In my last semester at college I did an internship at the Confucious Institute in Lisbon and some time after graduatio I started my master’s degree in Audiovisual Translation (subtitling, dubbing), combining foreign languages with another passion, cinema. Finally in October 2012 my second Chinese adventure (this time as a teacher) began. First destination was Chongqing (Sichuan International Studies University).Then in October 2014 I landed in the island of Hainan (Hainan Foreign Languages College of Professional Education) and my most recent destination (maybe it was “fado”) is Zhuhai – BNUZ …where I hope I can pass on to the students who chose this language my own enthusiasm about Portuguese. Maybe it is in fact a big challenge but I am willing to accept it; I hope they will love the Portuguese language (and the lusophony) at least as much as I do.
Also, apart from languages, music and cinema, I do enjoy riding the bike, swimming, taking photographs, writing fiction and a blog (whenever I have time) and ocassionally, if there is an opportunity, getting myself on stage and having that butterflies in my stomach feeling while playing my viola for the people in front of me, no matter the size of the place or the audience.
(…)“A única língua que estudei com força foi a língua portuguesa. Estudei-a com força para poder errá-la ao dente”(…) Manoel de Barros. Brazilian poet.
Há uma frase muito conhecida de Fernando Pessoa que praticamente qualquer pessoa ligada à cultura lusófona conhece: “A minha pátria é a língua portuguesa”.
Agora penso que essa frase simples e universalmente conhecida pode sintetizar a minha vida profissional desde que acabei a licenciatura até agora: o ensino e a difusão da língua (mas também da cultura) portuguesa para além fronteiras.
Nasci numa cidade no nordeste de Espanha, situada a meio caminho entre Madrid e Barcelona, chamada Zaragoza, onde morei e estudei até aos 19 anos. Nesse cantinho da península ibérica, além de frequentar a escola e passar a minha infância, comecei a apaixonar-me por duas paixões que ainda são uma parte muito importante da minha vida: línguas (estrangeiras) e música; de facto andei no conservatório da minha cidade por volta de doze anos a estudar violino e viola, enquanto fiz parte como elemento activo de várias orquestras jovens na Espanha e em Portugal. Depois disso, decidi que devia agarrar uma oportunidade única que se presentou e desloquei-me ao país vizinho, Portugal (chegando lá um 5 de Outubro de 2004!) para conseguir realizar o meu sonho: uma Licenciatura em Música, em Lisboa. Mas, talvez o fado pôs o Chinês no meu caminho por alguma razão e embora comecei a estudar a língua apenas porque sempre tenho tido uma especial curiosidade por “línguas menos estudadas” (línguas asiáticas, Finês ou até mesmo Grego moderno sempre estiveram na minha lista particular de línguas a aprender), de alguma maneira o estudo do Chinês passou a ser mais sério quando fui aceite na Licenciatura em Tradução e Interpretação do Instituto Politécnico de Leiria. O resultado: quatro anos de estudo em três instituições diferentes e em dois países tão diferentes como Portugal e a China (Macau e Pequim).
No meu último semestre no ensino superior fiz um estágio no Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa e uns meses depois de terminar a minha licenciatura comecei um Mestrado em Tradução Audiovisual – localização, legendagem e dobragem, um mestrado que juntava outras das minhas paixões como são as línguas e o cinema / TV.
Um dia, em Outubro de 2012, a minha segunda aventura chinesa (desta vez como professora) começou. O primeiro destino foi a cidade de Chongqing (SISU) onde apenas tinham começado com a primeira turma da Licenciatura em Português esse ano lectivo (2012/2013); depois, em Outubro de 2014 foi a vez de descer até o Sul e aterrei na ilha de Hainão (2014/2015). Finalmente este ano (2015) tive a oportunidade de vir trabalhar para Zhuhai, para a BNUZ, onde espero poder fazer o que sempre tento fazer cada vez que começo num lugar novo: transmitir a minha paixão pelo Português aos meus estudantes, não só para poderem conseguir um bom futuro, mas para que realmente cheguem a amar a língua de Camões da mesma forma que eu o faço. Talvez seja um objectivo demasiado ambicioso, só o tempo o dirá.
Além do mencionado anteriormente (línguas, música e cinema), gosto de andar de bicicleta, nadar, fotografar, escrever ficção e um blog (quando tenho tempo) e ocasionalmente, se surgir uma oportunidade, subir a um palco e sentir aquelas borboletas no estômago ao tocar a minha viola de arco para as pessoas que lá estejam.